“Ilha de Maré: Amor à primeira vis(i)ta” – Conhecendo o Caderno Ambiental de Ilha de Maré

O Caderno Ambiental Ilha de Maré, organizado por Rosiléia Oliveira de Almeida e Edinaldo Luz das Neves, detalha uma série de atividades integradoras desenvolvidas em projetos na Ilha, cada um desses apresentado minuciosamente ao longo dos capítulos. O Caderno foi publicado pelo Centro Universitário Jorge Amado, e as experiências contadas em suas páginas foram desenvolvidas em parceria com a Universidade Federal da Bahia (UFBA), com o apoio da Fapesb – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia.

Saiba mais sobre o lançamento do Caderno Ambiental Ilha de Maré clicando aqui!

Sem títuloO primeiro capítulo do Caderno – Ilha de Maré: amor à primeira vis(i)ta – , escrito por Rosiléia Oliveira e Ayane de Souza Paiva, chama atenção para algumas questões problemáticas acerca do conhecimento das pessoas sobre a Ilha, que apresenta 12 povoados. Afirma que é desconhecida pela maioria dos soteropolitanos, ressaltando que muitos nem sabem que Ilha de Maré pertence ao município de Salvador: “Salvador desconhece uma parte de si própria, uma parte que guarda encantos, mas também desencantos” (trecho da página 21).

É possível confirmar que no decorrer no processo histórico, a qualidade ambiental da ilha não se manteve a mesma. Há 300 anos, com a publicação do poema À Ilha de Maré, de Manuel Botelho, senhor de engenho da Bahia, identificava-se as características da frondosa ilha, e da vida dos seus habitantes, dia a dia. Recentemente, com a matéria “Ilhas são paraísos esquecidos”, publicada pelo Jornal A Tarde em 2005, o que vem à tona são os problemas estruturais como saneamento básico, saúde e educação no local.

Clique aqui e conheça o poema “À Ilha de Maré”, de Manuel Botelho de Oliveira.            Leia aqui a matéria “Ilhas são paraísos esquecidos”, publicada no Jornal A Tarde em 2005.

Características da Ilha demonstram que as suas comunidades estão unidas por laços ancestrais. Um dos exemplos disso é a caminhada realizada todos os anos no Dia da Consciência Negra, dia 20 de novembro, que marca a data da morte de Zumbi dos Palmares. Moradores contornam a Ilha a pé, percorrendo todas as suas comunidades, num percurso que dura cinco horas, relembrando a ascendência africana da sua população. Cinco das seis comunidades de Salvador reconhecidas pela Fundação Cultural Palmares como quilombolas estão situadas na Ilha de Maré.

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VII Encontro de Pesquisa em Educação Ambiental!

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Educomunicação na Política Estadual de Educação Ambiental da Bahia: Reflexões

Por Mariana Sebastião

A Educomunicação ocupa lugar prioritário na Política Estadual de Educação Ambiental. O Capítulo VI da Política, intitulado “Da Educomunicação Socioambiental”, traz a iniciativa como uma inovação da lei baiana, que trata de forma mais aprofundada da inter-relação entre a educação e a comunicação para aprender a utilizar os meios e processos de comunicação e informação com vistas à prática da cidadania. No entanto, não é apenas num único capítulo da Política Estadual de Educação Ambiental que estão descritos os princípios que regem as práticas educomunicativas.

política eaA criação da Política com suas leis, diretrizes e instrumentos – Foi a Lei 12.056/2011 que instituiu a criação da Política Estadual de Educação Ambiental do Estado da Bahia (acesse o material em PDF clicando aqui). Ela se destaca porque articula a Educação Ambiental (EA) com a gestão das águas, das unidades de conservação, do saneamento e do licenciamento ambiental, o que confere à EA um forte papel nas junto às ações da gestão ambiental do Estado.

Nestes escritos, a EA é entendida como “o conjunto de processos pemanentes e continuados de formação individual e coletiva para sensibilização, reflexão e construção de valores, saberes, conhecimentos, atitudes e hábitos, visando uma relação sustentável da sociedade humana com o ambiente que integra” (trecho retirado da página 13). A partir desta definição, a política é conduzida por princípios determinados, tem objetivos específicos e diretrizes que estimulam a realização de ações.

Princípios educomunicativos nos objetivos e diretrizes da Política de EA da Bahia – Dentre os primeiros princípios da Política de EA do Estado da Bahia estão “a reflexão crítica sobre a relação entre indivíduos, sociedade e ambiente“, a promoção da Política como “dialógica como abordagem para a construção de conhecimento, mantendo uma relação horizontal entre educador e educando, com vistas à transformação socioambiental “.

Ismar Soares, grande fomentador das discussões e ações de Educomunicação no Brasil, explica em seu livro “Educomunicação: o conceito, o profissional, a aplicação” a premissa de que esta interface entre a educação e a comunicação se apresenta hoje como um excelente caminho de renovação das práticas sociais que objetivam ampliar as condições de expressão de todos os seguimentos humanos, em especial da juventude. Do mesmo modo, Mario Kaplún (1923-1998), um dos precursores do campo da Educomunicação no mundo, defendia a educação libertadora de Paulo Freire trazendo-a para os processos comunicativos, nos quais comunicadores e receptores trabalham de forma dialógica.

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As práticas de Educomunicação acabam por formar ecossistemas comunicativos, explicados por Ismar Soares como um ideal de relações que é construído coletivamente em um determinado espaço para favorecer o diálogo social, levando em conta as potencialidades dos meios de comunicação e suas tecnologias. Há a construção de relacionamentos abertos e criativos contribuindo para que as normas que regem o convívio de determinado espaço reconheçam o diálogo como a melhor metodologia de ensino, aprendizagem e convivência.

Esta necessidade é externada entre os objetivos da Política de EA da Bahia, dentre os quais está descrito “o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente e suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, históricos, culturais, tecnológicos, espirituais, éticos e pedagógicos“. A produção e a divulgação de material educativo está como prioridade nas linhas de atuação da Política, que dá ênfase ao apoio às iniciativas e experiências locais e regionais, incluindo a produção de material educativo e informativo.

Educomunicação socioambiental estimulando a formação crítica para a cidadania – A Política de EA da Bahia tem como um dos seus intrumentos o Programa Estadual de Educação Ambiental – PEA, que compreende áreas temáticas que se inter-relacionam. Os processos educativos perpassam por todas essas áreas, que incentivam, dentre outras coisas, a mobilização para Educação Ambiental de populações tradicionais e integrantes de grupos participantes de movimentos sociais e a criação e o fortalecimento de Coletivos Educadores de Meio Ambiente.

A Educomunicação Socioambiental se constitui como uma das áreas temáticas do PEA:

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Nas reflexões contidas no livro da Política de Educação Ambiental da Bahia, há uma forte ênfase na ideia de que a legislação apenas dá as regras ao jogo. A eficácia dessas normas são dependentes de uma série de condicionantes, e dentre elas estão as ações de homens, mulheres, crianças, militantes, profissionais, especialistas, pesquisadores, funcionários públicos, parlamentares, professores, estudantes, etc.

A Educomunicação é parte contibuitiva fundamental neste sentido, já que dentro dela o espectador é também produtor e veiculador de informações. Este processo de construção das informações é por si só estimulador de uma postura crítica por parte daqueles que participaram do processo educomunicativo, uma vez que a intenção é que não haja mais uma absorção passiva das informações ambientais veiculadas pela grande mídia.

O sentido da Educomunicação Socioambiental na Política de EA da Bahia é o de comunicar com finalidade educadora e ambientalista para a divulgação de informações ambientais locais. Estas ações facilitarão as atividades dos cidadãos como produtores de informações além de receptores, e ajudarão a democratizar o acesso a diversos tipos de materiais de comunicação. Compete ao Estado e às políticas públicas a construção de pontos de apoio para a formação de educomunicadores atuantes e núcleos de educomunicação eficazes.

Veja na próxima postagem: Conheça projetos de Educomunicação Socioambiental na Bahia!

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VII ENELUD – Encontro de Educação e Ludicidade. Informe-se!

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Saiba mais sobre a participação de integrantes do “Remando com a Maré” no 3º Encontro de Jovens Cientistas da Bahia!

Integrantes do projeto “Remando com a Maré” participaram com apresentação de trabalhos do 3º Encontro de Jovens Cientistas da Bahia (3º EJCB), evento promovido pela Ufba e direcionado a bolsistas de Iniciação Científica Júnior (IC Jr.) e a estudantes da educação básica do Estado. O Encontro foi realizado na Faculdade de Medicina da Bahia, no Terreiro de Jesus, Salvador, no período entre os dias 27 e 30 de novembro de 2012.

Os jovens da comunidade de Ilha de Maré e estudantes do Colégio Estadual Marcílio Dias, Jonathan Willian de Sousa Lopes e Wilton Cardoso dos Santos, apresentaram em forma de comunicação oral os resultados da sua pesquisa intitulada “Percepção pública sobre o aquecimento global na comunidade de Praia Grande, Ilha de Maré, Salvador, Bahia”. Igualmente, os estudantes Lorena de Carvalho e Crispim Ferreira das Neves apresentaram os resultados do trabalho “Percepção pública sobre o aquecimento global na comunidade de Santana, Ilha de Maré, Salvador, Bahia”. Ambos os trabalhos foram orientados pelo professor Marcos Antonio de Jesus Lima e coorientados pela professora da Ufba Rosiléia Oliveira.

Clique aqui para fazer o download do Livro de Resumos e Programação do 3º EJCB e consultar o resumo destes estudantes!

Os estudantes tiveram a oportunidade de conhecer o primeiro astronauta brasileiro Marcos Pontes através da sua conferência no evento, além de outros cientistas e personalidades com grande experiência acadêmica e profissional. A excelente apresentação das pesquisas rendeu ao trabalho dos estudantes Jonathan Willian de Sousa Lopes e Wilton Cardoso dos Santos o prêmio de primeiro colocado na modalidade Vida de Jovem Cientista (apresentações orais), categoria ensino médio. Os jovens foram premiados com um livro autografado do astronauta Marcos Pontes.

VEJA FOTOS:

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Os estudantes e o professor Marcos Antonio também deram entrevista à Web TV Jovem Cientista, do 3º EJCB, e falaram sobre as suas participações no Encontro. Confira os depoimentos!

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Caderno Ambiental Ilha de Maré teve lançamento na Escola Municipal de Praia Grande

O Caderno Ambiental Ilha de Maré, organizado pelos professores Rosiléia Oliveira de Almeida da FACED/UFBA e Edinaldo Luz das Neves da UNIJORGE, foi lançado oficialmente no dia 27 de abril de 2012, na Escola Municipal de Praia Grande, na comunidade de Ilha de Maré.

Marcaram presença no lançamento os organizadores e autores do Caderno, representante da Secretaria de Educação, alunos da Atividade Curricular em Comunidade ‘Educação Ambiental’ (Ufba) e coordenadores e professores do Colégio Estadual Marcílio Dias, também parceiro da iniciativa.

A publicação, baseada em pesquisas científicas e escrita em linguagem acessível à comunidade com ilustrações,  traz diversos olhares sobre a questão ambiental da llha. O Caderno envolve 21 autores e derivou da parceria entre a comunidade e projetos de pesquisa e intervenção sob responsabilidade da professora Rosiléia Almeida.

Na cerimônia de abertura, alunos organizaram teatro falado e cantado, e participaram da  Oficina de Cinema Ambiental para crianças com o filme Pajerama (Saiba mais sobre o filme aqui). O Caderno foi distribuído para a comunidade escolar composta por crianças, professores, pais de alunos e outros comunitários da Ilha de Maré.

VEJA FOTOS:

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Por que um blog para o projeto “Remando com a Maré”?

Integrantes de projetos executados nas universidades em parceria com outras instituições ou comunidades reconhecem facilmente que existe bastante trabalho envolvido, desde o início até o final das atividades propostas. Durante a execução, as fotografias, vídeos e produtos originados do projeto começam a se acumular. Quando as atividades se encerram, é normal ficar um rastro de desorganização desses materiais: uns ficaram com as fotos, outros com os vídeos, outros com as atas, e assim fica bem mais difícil a produção dos relatórios e até a divulgação das ações realizadas.

Um blog pode resolver esse e outros problemas. Além de sites de divulgação, os blogs são sites organizadores, e podem oferecer a grandes grupos que trabalham num projeto único um acervo que reúne informações importantes. Na hora da produção dos relatórios fica muito mais fácil voltar ao blog, e através das antigas postagens e das páginas separadas por assunto, relembrar o que foi executado até então.

Além disso, quando demandamos energia e tempo na construção e no desenvolvimento de alguma atividade que acreditamos ser contributiva para a sociedade, desejamos divulgar a iniciativa para que outros possam reproduzi-la e expandir os benefícios provenientes dela. Este é o caso do projeto “Remando com a Maré”, e pelos motivos explicitados acima e outros, um blog pode ser de grande utilidade!

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